Tuesday, July 01, 2008

E os pássaros?

Chicotear afoga o laranja da tarde. Ruidosa cortina apressa a noite. Céu estalado no peitoril, bordas molhadas, tons de verde. Janela, instante ave, aplaude o vento, quase vôo. Pés e barra da calça, sobras de estalo, de verde, frio. Arranhar da esquadria, Vou chamar o, clarão no cinza manchado encontra linha dos prédios, O computador, outro dia mesmo. Estrondo, Telefone, será que precisa? Se ela ligar?. Dedos, só a ponta, no agitar do vidro. Escorre o dia. Guarda-chuva, peão de criança em final de giro, passos de susto, bolsa molhada no alto da cabeça, vela de jangada puxada na mão, pernas finas, branco dos sapatos, flores, desfeitas. Um pulo, flor aberta, outra se perde em água. Rodas aram rio, onda no pano da jangada. Navegar turbulento, pouco mais. Teto de concreto, parede, uma só. Pescoço espichado, olhar de espera. Cachorro, também náufrago, debaixo do banco. Novamente linhas acesas, Esse mais fraco, ou longe. Pêlos, momento céu, espalha chuva em susto, pé batido no chão, chute no ar, rabo e patas corrida alvoroço. Branco, fachadas janelas calçada. Navios ao chão, As tomadas. Sofá para o lado, tapete embolado, finas patas, caminhar delicado, poeira, cabelos, fuga emaranhada. Tapete, azul, vermelho, descalço, Eca, amarelo manchado, Tenho que limpar antes, Por que não liga?. Mão segura o fio, Já está passando, será que precisa?. Suspiro, desabado, pernas cruzadas, almofada no colo. Telefone, cinzeiro, lembrança de salv, Quebrou na festa, nem um mês, última. Vestido claro, alça caída, marca da praia, quase o rosa, Ajeita, tá todo mundo olhando, continuou dançando, sorriso solto, gelo e dedos, criança na água. Criança na sala. Lampejo, distante. Quase nem fachada. Quase noite. Chiado em marola, ainda aplausos. O horizonte, janela. Acesa, uma. Galhos e folhas, algazarra, Para onde?. Corpo aninhado, rosto no braço do sofá, Ela bem que podia. Outra janela acesa. O olhar, neblina, misturando contornos, farfalhar, longe, mancha no tapete.

0 Comments:

Post a Comment

<< Home